
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Aquele amor
Flor de laranjeira
Pitanga madura
Sol de Primavera
Aquele amor
Nascido na idade dos sonhos
Onde a juventude era toda festa
E colhia as flores antes dos frutos
Eram de algodão doce os beijos
E de promessas inocentes
As mãos que se juntavam
Aquele amor
Passado
Guardado
Para sempre
Na mais bela lembrança
Lou Witt
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Que vento é esse que sussurra clamores em meus ouvidos?
Chega sereno, leve como as folhas do outono, sutil como as
cores do entardecer que caem uma a uma fechando a cortina do dia.
Por onde andou esse vento antes de me tocar a face?
Que cabelos balançou antes dos meus?
Que terras, que mares, que ruas varreu?
O vento conta mistérios, segredos, vestígios de outras
vidas.
E assovia mansamente, fazendo carícias.
E traz a brisa que beija o dia.
E leva o sereno que molhou a noite.
Lou Witt
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Balada a um poeta
Há faíscas de estrelas riscando a noite
Um poeta se esquiva na penumbra da janela
Desenha a vida na fumaça do cigarro
De solidão cravada no peito
Clichê barato
Restos no prato
Ninguém se importa
Canções nas madrugadas
Agora só lembranças
Parem o mundo
Desliguem as luzes
A hora é morta
O poeta adormeceu
Lou Witt
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
É noite alta e um silêncio morno me diz que é hora de
dormir.
A chuva bate na janela em forma de canção.
Ouço sua serenata e tenho a feliz ilusão de que ela vem do
céu só para me ninar.
Chuva mansa e serena que faz carícia na vidraça traz o
alento das noites insones onde tantos doem madrugadas afora.
Nesta noite fria eu sou plena de paz e parece que ouço o
gemido dos mares e o canto das sereias.
Bem ao longe sei que existe uma embarcação e que no dia
marcado chegará até a praia e eu com pés descalços e bagagem leve subirei nela
e seguiremos rumo ao infinito onde o futuro irá descortinar o tempo.
Mas agora enquanto espero o sono me levar ouço a chuva em
melodia e meu ser se enche de gratidão.
Hoje sou vida.
Amanhã serei eternidade.
Lou Witt
terça-feira, 6 de agosto de 2013
É o meu corpo querendo o teu corpo num desejo louco de
línguas e pernas,
de passar de mãos, de calafrios.
É minha boca desejando o teu gosto e no caminho das tuas
pernas te encontrar quente e sem juízo.
Num desejo ensandecido te quero, como gata no cio, bicho que
se enrosca.
Menina
Mulher
Asas de demônio a voar em meu dorso
Veias salientes
Gozo permitido
Em meu peito, em meu ventre,
em minha pele alva.
E voaremos em gemidos
Loucos
Insanos
Um no outro
Quase desfalecidos
Lou Witt
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
O mundo é uma bola
que gira no compasso do tempo
A criança corre
O jovem dá cambalhotas
O adulto passeia
O idoso espreguiça-se ao sol
Os cabelos balançam ao vento
Mudam de cor
Caem
Faz frio
As folhas amarelam
Nascem flores
O sol aquece
E tudo segue seu curso
O nascer
O viver
O morrer
E a bola sempre girando...
Lou Witt
que gira no compasso do tempo
A criança corre
O jovem dá cambalhotas
O adulto passeia
O idoso espreguiça-se ao sol
Os cabelos balançam ao vento
Mudam de cor
Caem
Faz frio
As folhas amarelam
Nascem flores
O sol aquece
E tudo segue seu curso
O nascer
O viver
O morrer
E a bola sempre girando...
Lou Witt
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Um Blues na noite fria
Um Blues
Um edredom
E meu amor
pra me esquentar
O Blues
faz minha cabeça girar
Encosta teus pés nos meus
que a noite está fria
Lá fora o sereno ofusca o luar
e as estrelas se escondem
Toque-me com calor
não quero frio
Se quiser me faça um chá
Puxe o edredom
Deixe o Blues tocar
que a noite é longa...
Lou Witt
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Existe um muro
E por detrás do muro
Um mundo
Coisas acontecem do lado de lá
Eu espio com cuidado
Não quero assustar os passarinhos
Nem interromper a aurora de luz
Na claridade vejo um gato abanando o rabo
Um cão de olhos brilhantes
E uma criança em toda sua inocência
Parece que nasci hoje
E contemplo tudo pela primeira vez
E na diversidade das coisas
Vejo a perfeição da vida
Lou Witt
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Fale baixinho, não assuste os sonhos que repousam docemente
na inocência dos corações.
Veja quanta claridade existe por entre as sombras e entenda
que os homens de bem se fortificam até do sopro incandescente com o qual os
dragões tentam cegar as almas desatentas.
Venha, vamos ver o mundo onde a esperança se sobrepõe às
dores.
Não escute o gemido do vento quando estiver carregado de
lamentos e tristezas, sinta apenas a brisa que acaricia nossas faces, ela nos
fala da vida e da energia que transmuta o universo.
Bem sabemos que por vezes o mal tenta falar mais alto, mas
não deixemos que ele seja nosso guia e comande nossos sentidos.
Vamos olhar o horizonte que parece tão distante e acreditar
que num simples passo ele possa nos pertencer.
Lou Witt
quarta-feira, 13 de março de 2013
Segure minha mão, não faça barulho, escute meu coração que
agora é só teu.
Não me convides para sair à rua, há tantos ruídos lá fora e
não quero que me invadam.
Desejo que meus olhos registrem apenas a tua imagem e que o
meu sentimento de amor inunde teu ser e te preencha.
Fique aqui, não deixe que teu cheiro se confunda com tantos
outros que nada me dizem.
Não dê ouvidos aos rumores da rua, ouça a minha respiração e
o ritmo com que meu coração bate.
Tranque a porta, jogue fora a chave e fale bem baixinho para
que nem as paredes possam ouvir.
Amanhã você pode arrombar a porta e ganhar o mundo, mas
hoje, apenas hoje, que não exista nada além de nós dois.
Lou Witt
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
De domingo a domingo
Sabia no meu íntimo que os outros seis ficavam enciumados.
Sempre detestei as segundas e tinha certeza de que ela sabia
tão bem disso que sempre dava um jeito de ser desagradável.
Hoje cada dia que vivo é um dia novo e não importa o nome
que ele tenha.
Segundas, terças, sábados... todos são igualmente
importantes e tiro deles o melhor que posso e dou a eles o melhor de mim.
Percebo que eles sabem disso, pois me retribuem com carinho.
Melhor assim, evito discriminação e ciúmes.
Os dias são sábios e exigem muito de nós e é prudente que
tenhamos um bom relacionamento com todos eles.
Lou Witt
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Hoje eu acordei querendo
Toda a intensidade da vida
Todo o mar
Todo o vento que soprar a meu favor
Quero a liberdade das almas brancas
E todas as cores que tem o mundo
Se houverem lágrimas
Que sejam de purificação
Se houverem dores
Que sejam de aprendizado
E que meus dias sejam feitos de amor
Amor incondicional
Amor ao próximo
Ao planeta
A existência de tudo quanto é vivo
A toda a energia que move o universo
E que meu coração seja livre e sereno
E que minha mente seja equilibrada e justa
Porque meu corpo é o que me adorna
Mas o que me move é o espírito
Lou Witt
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
A tempestade de ontem havia sido negra, feroz como mil
panteras. Como todos os dragões que cospem fogo na terra do faz de conta.
Rasgou as vestes do dia, lavrou o peito, arou sentimentos.
Feriu o inconsciente, o subconsciente, tremulou toda a
estratosfera.
Imensidão... espaço sem fim.
E ela a andar... trôpega, frágil... a andar.
Ontem foi enfim assim, em fim.
E nasceu outra aurora, outro sol, outra claridade. Como se
um raio cortasse o horizonte abrindo um rasgo onde os olhos quase se perdem.
Cavalos brancos.
Vestes brancas.
Mar azul.
Uma estrada sem muros e o susto da liberdade, quase, mas nem
tanto tardia.
Um tropel de anjos pedindo licença para entrar.
Harpas, violinos e um som quase inaudível, um som novo, e um
medo, um medo cego do novo.
O mundo já não era mais o mesmo.
Não existiam mais castelos de areia, nem a ordem mecânica
das coisas.
Algo havia se rompido.
Ela estava nua, despojada de toda a vestimenta que a
encobria até os olhos.
Estava nua e ao mesmo tempo tão pura.
Ela já não era mais ela.
Ela era o mundo.
Lou Witt
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Existe um sol todos os dias embora nem sempre eu o veja.
O dia nasce... o pássaro canta...
A mão gigante de Deus pousa sempre em minha cabeça,
mesmo que eu não a sinta.
O outono é sempre outono quando as folhas caem
e sempre haverá um inverno antes da primavera.
É a lei da vida, o compasso do mundo...
O universo vibra, transmuta, se renova...
A esperança baila na aurora dos dias.
E passam luas
E dias renascem
O vento varre... a ferida vai secando...
A vida pede uma nova chance
E todas as orações se fazem canto
Das pedras a areia
Das dores o alento
Da solidão a entrega
Do extremo da dor
A um novo tempo de fé e esperança.
Lou Witt
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