Há pouco tempo fui apresentada a Manoel de Barros quando ganhei de minha amiga Helô um livro, na verdade não é bem um livro, Memórias Inventadas vem em caixinhas, com folhas soltas que dá mais magia a autobiografia do poeta. Ao ler a primeira página eu logo pensei: Vou devorar! É assim que sempre faço quando gosto de uma leitura, devoro! Ledo engano. Manoel é para ser lido devagar, degustado, saboreado, uma página por vez para que as palavras sejam absorvidas, tragadas, beijadas, acarinhadas. Encantei-me por Manoel! Apaixonei-me! E pensei: Como pude viver sem ele até hoje? Sem suas palavras de encantamento e sua mágica poesia? Por onde andava Manoel que não cruzou meu caminho antes?
Ao continuar a leitura minha interação foi tanta que por vezes tive a impressão de estar ligada a seus pensamentos e eu quis ser Manoel por um dia, então eu escreveria como ele e seria imortal, apenas por um dia. Ah, mas quanta ousadia!
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Eu queria ser Manoel por um dia
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Minha querida Lou!
ResponderExcluirNenhum encontro acontece por acaso e o nosso encontro tava marcado pelo seu com Manoel de Barros. Você sabe que eu devoro e minha primeira leitura dele foi assim em menos de três horas, mas faço isto com tudo, coisa de gente impulsiva que quer conhecer logo. Meu segundo movimento é sempre fazer a leitura ao avesso ir lendo aquilo que mais me tocou e tudo nele me toca. Eu acho que já reli toda esta coleção da obra de infancia dele mais de uma cinquentas vezes e sei que há muito ainda que ler, pois há leituras que vão fazendo sentindo quando o tempo da vida passa e quando a experiência de viver nos transforma, nos fazendo mais fortes em alguns momentos e mais fracos em outros, considero que esta experiência é uma condição de quem está vivo.
Não sei se você será tão famosa quanto Manoel e isto pouco importa, sei que não é esta sua intenção, mas eu sei que seus peomas serão tão imortais em mim como os deles, pelo modo como escrevem e pelas temáticas que abordam. Fico feliz por tê-los apresentados :D
E só os apresentei porque eu vejo um pouco de Barros em você, só num olhar que ele jamais pôde ter, o OLHAR FEMININO.
E a ousadia, nós já sabemos que ela está desabrochando, tudo com seu tempo, como você mesma costuma me ensinar.
Eu amo você minha poetisa!
Um beijo da Helô!!!!