
sábado, 28 de março de 2009
sexta-feira, 27 de março de 2009
Outonal
Quando chegam os dias de outono
o sol começa a deixar seu calor em outras terras
e as árvores dão ares de amarelo nas folhas
deixando no chão seus vestígios e desenhos
o entardecer adianta suas horas querendo virar noite
tudo o que está ao alcance de meu olho
dá a sensação de renascer, de transmutar.
Das feridas caem as cascas iguais às árvores
o vento varre as dores junto com as folhas
e as manhãs nascem mais amenas e calmas
e as noites chegam mais serenas e frescas
e todos os dias vivem de se refazer.
Quando chegam os dias de outono
meu coração vira menino que brinca
e manda embora todas as certezas
e se desfolha
e se joga ao chão
para ser varrido pelo vento.

o sol começa a deixar seu calor em outras terras
e as árvores dão ares de amarelo nas folhas
deixando no chão seus vestígios e desenhos
o entardecer adianta suas horas querendo virar noite
tudo o que está ao alcance de meu olho
dá a sensação de renascer, de transmutar.
Das feridas caem as cascas iguais às árvores
o vento varre as dores junto com as folhas
e as manhãs nascem mais amenas e calmas
e as noites chegam mais serenas e frescas
e todos os dias vivem de se refazer.
Quando chegam os dias de outono
meu coração vira menino que brinca
e manda embora todas as certezas
e se desfolha
e se joga ao chão
para ser varrido pelo vento.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Palavras
Mas muitas vezes
palavras são flechas
que ferem sem dó.
São fogos que queimam
deixando corações em pó.
Palavras às vezes são
palavras que não deveriam ter sido.

Palavras são pássaros que pousam
nas páginas que alguém lê
Palavras são bálsamos que curam
a dor que alguém sente.
Palavras são flores que perfumam
São cores que alucinam.
Mas muitas vezes
palavras são flechas
que ferem sem dó.
São fogos que queimam
deixando corações em pó.
Palavras às vezes são
palavras que não deveriam ter sido.
segunda-feira, 16 de março de 2009
AOS POETAS
A todos os poetas de verdade
que trazem a poesia na alma
que dizem o que vem do coração
e usam a palavra para encantar.
Aos verdadeiros poetas
que falam de amor e esperança
e transformam um simples ato
num ritual de magia e sonho.
Aos que escrevem por prazer
que dão vida ao impensável
e que vão além das fronteiras
do previsível e esperado.
Poetas de sonhos e fascínios
de amores e mil paixões
que sem limites de palavras
dão todas as cores ao mundo.
sábado, 14 de março de 2009
Poeminha doce e bobinho
Eu imagino a vida
como uma fabrica de doces
bombas de chocolate
que explodem na boca
jujubas coloridas
que saltam pelos olhos
bolas de algodão doce
que derretem nos dedos
pipocas de caramelo
que saltitam no estomago
doce de maria mole
que balança nas mãos
bala de menta fresquinha
que adormece a língua
e brigadeiro de panela
para lambuzar a tristeza.

como uma fabrica de doces
bombas de chocolate
que explodem na boca
jujubas coloridas
que saltam pelos olhos
bolas de algodão doce
que derretem nos dedos
pipocas de caramelo
que saltitam no estomago
doce de maria mole
que balança nas mãos
bala de menta fresquinha
que adormece a língua
e brigadeiro de panela
para lambuzar a tristeza.
quarta-feira, 11 de março de 2009
terça-feira, 10 de março de 2009
domingo, 8 de março de 2009
Boneca de milho

Perdia-se no milharal a escolher a de cabelo mais longo e loiro que se parecesse talvez com o seu, herança genética!
Nada era mais encantador do que uma linda boneca de milho e jamais, jamais em hipótese alguma passava pela sua cabeça que milho era alimento e milharal não era fábrica de bonecas.
Vida de interior é assim, qualquer coisa ganha vida nas mãos de crianças famintas de brincar. Abóboras, pedras, flores e claro as lindas espigas de milho.
Não existe limite de criação quando se tem um vasto campo de liberdade e um mundão de sonhos ao alcance de uma criança.
Mas um dia lhe foi apresentada a cidade grande e uma fábrica diferente de bonecas de verdade. Ela olhava as bonecas e não via a beleza e nem o brilho nos cabelos igual as que havia deixado lá longe em seu milharal. Mesmo com braços e pernas não tinham tanta graça. A menina não quis mais brincar de boneca.
Hoje a menina virou mulher e quando vê uma espiga de milho pulando em uma panela fervente, sabe que as bonecas da infância agora são seu almoço de praia.
sábado, 7 de março de 2009
sexta-feira, 6 de março de 2009
O lago
Costumava nadar em um lago que tinha perto de casa.
Nadar não é bem a palavra certa, pois nem nadar sabia direito.
Lembra nitidamente do lago.
Uma tábua que dava para atravessar de um lado para o outro e muitas árvores ao redor.
O lugar era até perigoso de se ficar, mas isso nem passava pela sua cabeça e nem pela cabeça das outras crianças que iam lá brincar.
O lago não era mar, mas era bom de ficar dentro dele até enrugar os pés e fingir ser peixinho de lago do meio do mato.
Equilibrar-se em cima da tábua até cair. vuuuuuuaaaa
Roxo nas pernas e joelhos machucados era normal devido aos escorregões.
Mas relógio do tempo passou tão ligeiro
menina deixou o lago e foi para longe.
Ah, será que lago do mato secou e morreu?
Ou ainda guarda pernas sapecas de meninas que sonham
com pedras e sapos de beira de lagos???
Nadar não é bem a palavra certa, pois nem nadar sabia direito.
Lembra nitidamente do lago.
Uma tábua que dava para atravessar de um lado para o outro e muitas árvores ao redor.
O lugar era até perigoso de se ficar, mas isso nem passava pela sua cabeça e nem pela cabeça das outras crianças que iam lá brincar.
O lago não era mar, mas era bom de ficar dentro dele até enrugar os pés e fingir ser peixinho de lago do meio do mato.
Equilibrar-se em cima da tábua até cair. vuuuuuuaaaa
Roxo nas pernas e joelhos machucados era normal devido aos escorregões.
Mas relógio do tempo passou tão ligeiro
menina deixou o lago e foi para longe.
Ah, será que lago do mato secou e morreu?
Ou ainda guarda pernas sapecas de meninas que sonham
com pedras e sapos de beira de lagos???

e a água a molhar os pés.
Um leve vento que vinha do sul
balançou seus cabelos
e o cheiro do mar entrou
docemente em suas narinas.
Um sirizinho enfiou-se num buraco
e uma gaivota mergulhou
e trouxe no bico um peixe.
Ouviu o barulho das ondas
quebrando na praia
e sentiu a espuma branca
beijando suas pernas
num ritual de ir e vir
de bater e deixar seu sal.
Ao longe um barco e uma vela
e sonhos que voaram
e foram além do infinito.
E no peito um sentimento aflorou
e foi apertando como braços
e invadindo como posseiro.
incomensurável
pungente
infinitamente
saudade!!!
quinta-feira, 5 de março de 2009
terça-feira, 3 de março de 2009
Dá licença dona morte, vou falar de você

A morte pode assustar, mas para mim particularmente ela tem sido até camarada. Tenho lembranças amenas de sua passagem em minha vida: avós que morreram de velhice, um bebê que já nasceu bem dodói e que não vingou, animais que se foram. A respeito dos animais tenho uma leve tristeza, bem leve, por conta da morte de um cãozinho que catei na rua e o alimentei tanto que veio a falecer de congestão, mas para compensar salvei outros tantos e limpei minha consciência. Recentemente a morte levou minha mãe e penso que no tempo oportuno. Causou-me dores naturais e sem traumas.
Penso que ela tem muitas faces e às vezes é um tanto traiçoeira, chega sem aviso e prematuramente devastando corações. Dizem que nunca vem sem ser sua hora, mas em certas ocasiões acho que sua hora é antecipada pelos atos inconseqüentes dos humanos. Não sei se estou certa, mas é isso que acho.
Aceitar a morte de alguém que já cumpriu sua missão é um ato que devemos aprender a praticar e saber distinguir quando é essa hora também. De nada vale chorar rios de lágrimas por alguém que se foi porque realmente deveria ter ido. É inútil e desnecessário. A aceitação muitas vezes precisa ocupar o lugar do egoísmo. Egoísmo sim, por querer ter a pessoa junto, por não saber viver sem sua presença.
Há pouco tempo vi uma pessoa ser mantida viva por alguns meses somente para satisfazer alguns que necessitavam de sua presença. Vamos brincar de Deus?
Algumas pessoas encaram a morte de forma até engraçada. Uma conhecida minha soube que a mãe morreu só um mês depois. Um primo morreu de diabetes e a mãe dele logo em seguida morreu de desgosto. O irmão revoltado matou o vizinho e o pai de tristeza está quase indo para a cidade dos pés juntos. Ela assiste tudo de longe sem derramar uma lágrima. Faces da morte!
Outras pessoas já sofreram tanto que se eu tentar me colocar no lugar delas penso que não aguentaria. Por isso é que sempre digo, dona morte sempre foi boazinha comigo!!!
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