Naquela manhã acordou com uma dor traiçoeira, um engasgo visceral querendo expulsar o coração do peito e mesmo que houvesse sol, (e havia), dentro de si o dia insistia em matizes de chumbo e cinza.
Era uma dolência intermitente e insana, um mal estar que arrepiava, subia pelo dorso e se instalava na garganta, algo como uma bola de pêlos lambida e ainda não regurgitada.
O dia mal começava e a noite havia sido longa e abissal, de madrugada quente a deslizar para o amanhecer, de sonhos toscos e impensáveis.
Lá fora um pássaro voava baixo, tão baixo que sua sombra parecia grudar no asfalto.
Que pássaro estranho!
Que pensamento tolo!
O que isso tinha a ver com sua dor?
Tentaria mais tarde, quando o dia estivesse quase no fim e o cansaço lhe fosse companheiro, ser menos trágica e extinguir de vez aquela ânsia do peito.
Beijaria em pensamento uma estrela quando a noite voltasse.
Acomodaria dentro de si a esperança mesmo que fosse parva e escreveria na parede,
como um afresco,
um tratado de paz consigo mesma.
Lou Witt
Já leu algo que parece ser seu? Não estou falando de plágio, nem de nada negativo, estou falando de como a gente pode se ver nas palavras de outras pessoas.
ResponderExcluirLindo texto! Me lembrei de umas minhas visões da vida vezenquando. =)
Dá uma passadinha no meu blog depois, caso queira ver a alma de alguém transcrita tbm.
Beijos,
Aline.
Quem sabe, alguns momentos de reflexão descobrisse o real motivo da dor, favorecendo assim a sua cura. Lindo amiga.
ResponderExcluirBeijos,
Furtado.
Olá seja bem vinda aos nosso blogs, é um prazer ter você conosco, saiba que admiramos muito seus poemas ...
ResponderExcluirOfertamos a você uma página no blog caso queira postar algumas de suas linhas ...
Receba nosso abraço !!!
Raphael & Mynda
Raphael & Mynda,
ResponderExcluirnão consegui acessar o blog de vcs.
Beijinhos