Nada aconteceu depois daquelas tardes quando os olhos cintilavam o brilho por trás da persiana e o gato arranhava o braço do sofá deixando escapar um ronronar solícito e manhoso.
Nenhum dia foi diferente e nem houve promessa de que seria no decorrer dos próximos anos e próximas vidas talvez.
O acúmulo dos dias seria desimportante e não haveria promessas a serem cumpridas nem partilhar de sonhos dourados em luas crescentes.
Nada de derrubar muralhas, construir castelos e sonhar com beijos de princesa.
O coração pulsaria manso no peito e a rosa ficaria guardada no eterno livro do tempo até que suas pétalas perdessem completamente a cor.
O nevoeiro que cobria as manhãs de inverno entraria pela janela e seria necessário aquecer o corpo e a alma com chá de maçã e canela porque nas mãos não teria outras.
O gato dormiria na manta do sofá da sala e por vezes roçaria em suas pernas pedindo carinho, o pegaria no colo e escutaria seu ronronar como um motorzinho que fica ligado tremulando.
Em dias de sol olharia pela janela para admirar a delicadeza das borboletas que independente e alheias à sua estranha história não se importavam em ser felizes e coloridas.
E seria assim, para todo o sempre.
Lou Witt
Bom sereia que o Sol brilhasse para sempre, as os dias nublados acontecem, e assim a vida vai correndo.
ResponderExcluirBjux
E que para todo o sempre essa paisagem de paz se fortaleça,,,seja sempre presente, que essas borboltas estejam sempre a enfeitar as janelas de alegria e amor...beijos minha linda de bom final de semana pra ti.
ResponderExcluirquem dera, Lou vc me fez sonhar lendo esse texto*
ResponderExcluirBeijos moça!