quarta-feira, 30 de julho de 2008

Essa postagem foi inspirada na minha querida e recente amiga Tania, que vive atualmente uma linda e provisória saudade, de um amor distante.

A saudade quando se sente, vai queimando o peito da gente, apertando tanto que parece que ficamos pequenos demais quando ela se agiganta.
Existe a saudade sofrida, aquela que a gente acha que não vai acabar nunca, é aquela saudade de alguém que foi embora para sempre. Essa é a pior das saudades. É a saudade eterna, saudade que só não mata porque somos teimosos, porque se dependesse dela, ah, pode ter certeza de que mataria.
Mas nem toda a saudade é triste. Existe a saudade do amor que está distante, mas que vai voltar. Dá pra imaginar seu abraço de retorno, seus beijos quentes, suas palavras, sua presença viva. Essa saudade também dói, mas dói diferente, é uma dor com gosto de volta, uma dor com fim predestinado e a aceitamos até como uma benção pois sabemos que ela só existe porque é fruto de um grande amor.
Só quem sente uma grande saudade, sabe o que é acordar na madrugada e sentir ao lado, como uma leve brisa a presença de quem não está, respirar o ar da noite como se absorvesse o perfume que o vento trouxe como por encantamento. Nada mais sublime do que sentir essa saudade. Temos até a ilusão de que a pessoa amada esteve ali por um instante, um breve instante, deixando dentro de nós a certeza de que logo, sua presença será real, aí antão, a saudade é que se tornará pequena até não mais existir, dando lugar aos afagos sonhados, aos beijos tão esperados, ao amor eternizado.

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