domingo, 31 de janeiro de 2010

Eu te desejo dias de sol
e de brisa que te toque a pele
mas que não seja muito fria
e nem perturbe teus pensamentos
Eu te desejo noites de paz
sono que te restaure as forças
sonhos que façam a vida doce
e manhãs de nova esperança
Eu te desejo sorrisos
mesmo que não sejam
de total felicidade
mas que existam mesmo assim
e que possam iluminar teu rosto
Eu te desejo fé
e esta acima de tudo
porque através dela
você vai conseguir
todas as outras coisas
E por último
eu te desejo amor
amor
sempre amor
simplesmente amor

sábado, 30 de janeiro de 2010


O meu amor é como um pássaro que voa
que chega manso e pousa em tua face
e percorre teus sentidos delicado e terno

O meu amor é livre como o pensamento
que atravessa muralhas e quebra fronteiras
leve como o vento na imensidão do espaço

O meu amor é como uma pluma que flutua

Num cenário de penumbra
quase não apareço
roupas em desalinho
cabelo desfeito
eu te roubei um beijo
e me transformei
em personagem principal
de um crime perfeito

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


E JÁ DIZIA QUIN TCHAN

Todos somos únicos e diferentes. Somos parecidos, mas completamente diferentes. Nem gêmeos univitelinos, que são a cara e o "focinho" um do outro, são iguais. O mais incrível neste nosso Planeta Lar Terra Mãe é que ninguém é igual, nem as coisas, sempre existe uma quase imperceptível, mas diferença! Por isso somos tão maravilhosos... incríveis...fantásticos... encantadores... apaixonantes, apaixondurante e apaixondepois... Ainda tenho aquela ingenuidade de criança cheia de amor inocência, acredito que Deus perdoa, quando tive boa intenção, mas deu algo errado. Acredito que Deus é Amor é Deus é Amor... e estamos todos ligados numa coisa só Amor/Deus/Terra/Alma/Uno. Por isto nós sabemos, sentimos que o Amor é tudo. Se diz que toda a forma de amor vale a pena, porque é isto mesmo. O Amor por si só, é tudo e nós fazemos parte deste TUDO. Não devemos esquecer DISTO, porque quando esquecemos, é quando acontecem as tristuras, as aflições, os desamores e todos os sofrimentos. Que se anote no quadro, espelhos, no carro, na carteira, na área de trabalho do monitor, seja onde for. Temos que fazer de tudo para lembrar o tempo todo, que devemos agradecer por fazer parte DESTE AMOR TODO.

OBRIGADA, QUIN DO MEU CORAÇÃO!!!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010



Te encontrei na noite
quando a estrela cadente riscou o céu
como uma promessa de um amor que viria
E meus olhos ao cruzarem os teus
se perderam no infinito de teu interior
E desde então vivo a procurar luares
nas noites de solidão e saudade
E cada vez que uma estrela
no céu torna-se andarilha
peço que me devolva seu olhar
e do meu triste olhar o brilho

PENSAMENTOS CONCEBIDOS E FORMADOS


Guarda-chuva é tudo igual, não importa se você pagou caríssimo em uma loja de departamentos ou se passou a mão em um rapidinho na lojinha de 1,99, todos quebram no primeiro vento ou você os esquece em qualquer lugar quando a chuva vai embora.

Bala boa é bala de banana e na falta pode até ser jujubas coloridas, mas só na falta das de banana, em mais nenhuma hipótese.

Sobremesa é sagu de vinho tinto, pode até ser daqueles vinhos suaves e impossíveis de beber, mas se misturados com aquelas minúsculas bolinhas de fécula de mandioca não tem o que seja melhor. Pode me apresentar um manjar dos deuses que fico com o sagu de bolinhas transparentes.

Em dias nublados é tão necessário protetor solar na praia como em dias de sol. O sol não aparece, mas está lá, atrás das nuvens mandando seus raios para a terra e se bobear volta pra casa igual camarão.

Se eu amar uma pessoa, é aquela pessoa que eu amo e não adianta querer substituí-la porque em meu coração não terá espaço, posso até pensar que sim, mas é mera ilusão.

Se alguém me amar de verdade, esse alguém vai me amar independente do que eu fizer ou deixar de fazer, da mesma forma que se alguém não me quiser, será inútil tentar qualquer tipo de artimanha para mudar isso.

A minha dor sempre vai me parecer maior do que as dores alheias, porque é minha e ninguém mais sente ela, assim como as dores dos outros jamais poderão ser concebidas por mim. Posso até imaginar, nunca saber a dimensão de dores que não são minhas.

Viverei a vida toda e tantas outras que me forem dadas e nunca encontrarei razão para pensar que amar não vale a pena e que o amor é em vão.



E fico assim olhando teus contornos
enquanto meus dedos deslizam suaves em ti
E me espelho em teus olhos
como se a vida fosse apenas
aquele momento de brilho
E me alastro em teu corpo
e percorro teus mistérios
feito explorador de aventuras
E o mundo gira diante de mim
e me perco em tua anatomia
E um clarão de astros ilumina o céu
e dentro de minha noite
nasce uma estrela

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010



E quando chegas sinto as cores do mundo
pulando de caixas coloridas
e desenhando o caminho de onde vens
Em tuas pegadas fica o perfume das flores
e de tuas palavras brotam raízes
que num emaranhado me envolvem
e me prendem para sempre junto a ti
E me sinto afoita e desassossegada
porque só você consegue
fazer meu coração mudar de lugar

Tarde de abismos


Um silêncio profundo fazia-se ouvir naquela tarde onde as pessoas com passos apressados e absortos movimentavam-se como se fosse um filme em câmera lenta.
Um palhaço mudo fazia malabarismos com bolas coloridas que flutuavam no ar e caiam novamente em suas mãos em movimentos rápidos e precisos. Palhaço sem sorrisos e de pés descalços em cima do asfalto escuro e quente.
Um cão quase sarmento junto ao dono sobre jornais e garrafas vazias tentava latir protegendo o osso e o dono maltrapilho. Quem se importava com seu osso ou com seu dono?
O vento fazia jus ao cenário e mal balançava as folhas das poucas árvores que restavam e que disputavam o lugar com postes, cimento e gentes.
Uma mão segura na outra atravessava a rua deixando cair o que sobrou de um pirulito que foi doce e deixou na boca o gosto de felicidade que por minutos desmanchou-se ao toque da saliva.
E num rastro lento ela olhou o relógio na catedral desmerecida pelo tempo. Um amarelo quase nada de portas amadeiradas e com trancas onde ninguém entra antes da hora e a hora é sempre tardia e solitária.
Almas bailavam do beco escuro como fumaça do cigarro ao meio que faz companhia e mata porque nada nesta vida é de graça e quem achar graça nisso paga o preço que lhe é cobrado. E nunca é pouco.



Que mundo encantado
onde a leveza das formas
faz-se poesia
Onde o gato mia
com rabo erguido
em cima do muro
E a folha balança
ao bater do vento
em tardes de ausência
E a saudade apita
bem dentro do peito
tal qual um trenzinho


Que mundo do avesso
onde as horas se enfilam
no passar dos dias
E o amor pulsa alto
no peito arredio
Onde a dor é certeira
e gruda na alma
quando o sol se põe
em cada horizonte
E embaixo da árvore
a folha despenca
amarela e sem vida
e as lágrimas correm
e molham a face do tempo

sábado, 23 de janeiro de 2010



Chove amores em mim
Quando na tarde chegas
E verte risos em minha face

E quer brincar comigo
Como se fosse menino
Que corre atrás da bola

E me arranca suspiros
Quando ficas lânguido
E deixa escapar que me ama

domingo, 17 de janeiro de 2010



E sinto assim uma quase vertigem quando te vejo
E resvalo em teu peito bem devagar
E encosto em teu dorso
E sinto teu calor me dilatando os poros
E o mundo gira feito pião lançado ao chão
Por mãos hábeis de menino que brinca
E com teus dedos me dedilha
E me toca como violino e eu viro música
E feito uma menina eu subo em teus pés
E você comigo dança
E a canção é nossa
E a vida é plena e cheia de risos



Eu te trago comigo
feito blusa molhada
que gruda na pele
e faz meus contornos
E quando tua parte
entra nos meus poros
todos meus sentidos
se confundem a ti
sem pudor nem disfarce

sábado, 16 de janeiro de 2010



O amor é um mágico
que tira da cartola
pessoas meigas
que se apaixonam
à primeira vista.
Suas mãos ágeis
fazem acontecer
como por encanto
a centelha de luz
que leva a um beijo.
A magia do amor
dura só segundos,
mas seu efeito é
de toda uma vida.

Alvaro Bastos

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010



Eu te amo inverno
outono
verão
primavera e flores
Eu te amo mares
ventos
pensamentos todos
Eu te amo dias
noites
tardes cinzentas
manhãs de sol
eu te amo hoje
ontem
sempre
eternamente



Na noite um brilho de esperança batia na porta
A chuva fina encobria o brilho das estrelas
E dentro do peito nascia uma imensa lua



Eu te faço versos
E te entrego palavras
Em forma de flores
Eu faço cantigas
Te abrigo da chuva
E te dou meu abraço
Mas se tu quiseres
Eu fico calada
E nada te digo
Apenas me encosto
E deixo meu corpo
Falar em silêncio
Bem junto do teu

Noite e Aurora



Quando finda a tarde o céu tinge-se de vermelho e gris
A vida adormece nas encostas e estepes
e a noite com seu manto negro
cobre uma parcela deste vasto mundo
Calam-se os cantos
Dormem os pássaros
Peixes buscam refúgio
Tudo espera pelo breu da noite que descansa corpos calejados
e esmaga corações aflitos
A noite é soberana e geme saudades em camas vazias
O escuro dói e o vento assovia uma canção de ninar estrelas
E tudo é silêncio e solidão

Mas no romper da aurora quando o dia aponta
Brilha um sol de ouro atrás do horizonte
Vertem córregos
Mares geram pérolas
Nascem margaridas
Brilham violetas lilases
Colibris beijam flores
E a esperança é uma borboleta
de finas asas douradas 

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Anthony


Há dias que tento te escrever um poema
Com palavras de ninar crianças
e doce nas sílabas
Um poema saltitante
com gosto de pirulito e sorvete
com cheirinho de bebe
e perfume de lavanda
mas as palavras ficam escassas
quando é pra definir tua existência

Menino redondinho
com olhos de jabuticaba
e pele branca de anjo
meu mundo passou a ter outro sentido
depois que você chegou
estar em tua presença
é respirar alegria

Procuro um jeito de arranjar os versos
de enfeitar as palavras
de traduzir tua beleza

desisto
é impossível
você é mais do que todas as palavras
e meu amor não cabe em um só poema



Uma dor besta e escancarada rasga o peito como navalha
Voaria milhas, me perderia no espaço
só pra não respirar esse ar de agora
Nada em lugar algum faz sentido
e a chuva que cai lá fora é pouca
para lavar as feridas

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010



Nada aconteceu depois daquelas tardes quando os olhos cintilavam o brilho por trás da persiana e o gato arranhava o braço do sofá deixando escapar um ronronar solícito e manhoso.
Nenhum dia foi diferente e nem houve promessa de que seria no decorrer dos próximos anos e próximas vidas talvez.
O acúmulo dos dias seria desimportante e não haveria promessas a serem cumpridas nem partilhar de sonhos dourados em luas crescentes. Nada de derrubar muralhas, construir castelos e sonhar com beijos de princesa. O coração pulsaria manso no peito e a rosa ficaria guardada no eterno livro do tempo até que suas pétalas perdessem completamente a cor.
O nevoeiro que cobria as manhãs de inverno entraria pela janela e seria necessário aquecer o corpo e a alma com chá de maçã e canela porque nas mãos não teria outras.
O gato permaneceria, dormiria na manta do sofá da sala e por vezes roçaria em suas pernas pedindo carinho, o pegaria no colo e escutaria seu ronronar como um motorzinho que fica ligado tremulando.
Em dias de sol olharia pela janela para admirar a delicadeza das borboletas que independente e alheias à sua estranha história não se importavam em ser felizes e coloridas.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010


O sabia pousa
no alto da palmeira
e molha o bico na folha
com o que restou da chuva
Em seu voar solitário
entoa uma melodia triste
que chega em meus ouvidos
como um canto de saudade



Existe uma paz branca
que me chama
e me convida para a vida
Serei eu capaz
de seguir em frente
sem olhar para trás?
Existe um caminho
de sol e flores
e amores que me guiam
Terei forças de soltar as amarras
e andar descalça
sem medo de espinhos?

E por que pensar em tudo
se a vida é só por hoje
e hoje o mundo me diz
que vivo

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010



Pra você eu me visto de flores
e raios de sol
Viajo no vento
e no cintilar dos dias te encontro
Te olho de lado
e sorrindo te faço um dengo
E você me pega no colo
e diz que sou sua menina

domingo, 3 de janeiro de 2010

Silêncio

A noite mansa me abraça
Quase nada existe
Os cães latem lá fora
e aqui dentro
o coração quase dorme



De quantos sóis é feito um coração?

O sol ameno do outono
que amadurece os frutos
e seca as folhas das árvores

O sol acolhedor do inverno
que vem depois da chuva
enxugando o chão e as lágrimas

O sol quente do verão
que chega trazendo vida
e aquecendo corações

O sol intenso dos teus olhos
que me olham docemente
e brilham por trás do vidro

Louco


O chamaram de louco
louco de fantasias
de sonhos e ilusões
de mundos perdidos
de pés lá no céu

O classificaram como louco
louco de ver o mundo colorido
de querer chegar na ponta do arco-íris
de achar que a vida
é apenas um sopro no vento

O xingaram de louco
louco de pedra
de rios e oceanos
de idéias sem nexo
de coração sem tamanho

O acusaram de louco
por amar sem medidas
e acreditar piamente
que num abrir e fechar de olhos
tudo em volta se transformaria

O separaram por louco
por ser diferente
por não seguir regras
por achar que a vida é só hoje
e que o amanhã não existe

E os que o definiram como louco
continuam lá
em seu mundinho
onde a loucura impera
mas eles nem percebem



Ah, esse amor
queima aqui dentro
como fogo
acende meus sentidos
ferve meu sangue
e molha minha roupa
quando estou contigo

Conto do retorno

Estava sentada absorta, olhando para o nada como costumava fazer nas noites solitárias em que nem mesmo a melodia de uma música se fazia presença.
Costumava ficar assim quando sentia muita saudade e o coração de tão apertado mal batia no peito para não doer mais do que de costume.
E naquela noite podia sentir o suave aroma das azaléias que floriam em frente a sua janela naquele início de setembro.
Não esperava nada além de um copo de vinho que sorveria lentamente para que na boca ficasse o gosto até que adormecesse escutando o latido de um cão solitário que como ela chorava nas noites por não poder soltar suas amarras.
Mas naquela noite o telefone que sempre era mudo tocou e do outro lado uma voz que ela tão bem conhecia.
E o coração então cresceu tanto que foi preciso parar de respirar por alguns instantes até que o chão voltasse e a razão pudesse ouvir. E ouviu. Ele dizia que estava chegando, que trazia nas mãos um buquê de flores brancas e na boca todos os beijos guardados.
Nem pensou em dizer não, o coração não lhe permitiu. Guardava nas mãos todas as carícias e na boca o gosto do corpo do amado.
Deixou que viesse. Destrancou a porta, colocou uma música e desde aquela noite não mais ouviu o latido do cão solitário.


Como são vãs as certezas da vida, o que é hoje amanhã pode ser nada.
Uma estrada em linha reta num repente toma outro caminho e o caminho que era dado como certo fica para trás como uma nuvem de fumaça.
Não existem passos certos nem vida previsível. Um pássaro canta e o motor do carro ronca e na próxima esquina o que ouço é somente o rumor do vento.
É insano e tolo temer o amanhã se o que tenho é somente o hoje.