quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Noite e Aurora



Quando finda a tarde o céu tinge-se de vermelho e gris
A vida adormece nas encostas e estepes
e a noite com seu manto negro
cobre uma parcela deste vasto mundo
Calam-se os cantos
Dormem os pássaros
Peixes buscam refúgio
Tudo espera pelo breu da noite que descansa corpos calejados
e esmaga corações aflitos
A noite é soberana e geme saudades em camas vazias
O escuro dói e o vento assovia uma canção de ninar estrelas
E tudo é silêncio e solidão

Mas no romper da aurora quando o dia aponta
Brilha um sol de ouro atrás do horizonte
Vertem córregos
Mares geram pérolas
Nascem margaridas
Brilham violetas lilases
Colibris beijam flores
E a esperança é uma borboleta
de finas asas douradas 

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