domingo, 22 de novembro de 2009


Gotas da Manhã

Caiam as gotas entristecidas
Naquela manhã branca
Frias e solitárias
Cansadas...

Agradeciam
As cores apagadas das casas
O verde das árvores,
A força, a energia,
Que das gotas recebiam

Já lavada, a cidade adormecida
Envolta no branco, nada se mexia
Alguém sorria em algum canto
Talvez por algum encanto

Depois de caídas, já exauridas pelo esforço
Deixavam se levar a qualquer lugar
Corriam na direção que lhes convinham
Onde era mais fácil de escorregar

As retardatárias meio perdidas
Meio a contragosto, gotejavam aqui e acolá
Como em um último lampejo
Às irmãs tentando alcançar

Naquela manhã chorona,
As milhões de gotas solitárias
Lavavam minha mente
Que repentinamente, começou a despertar

Poeta Bardo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

pétalas