domingo, 15 de novembro de 2009



Por LISA
Luiz Sergio Quintian Costa

Ela era estranha,
forasteira dela mesma...
Ia lisa, voltava áspera,
pegava maçã, queria pêra,
partia sal, juntava mel.
Ela entendia o por explicar,
não gostava muito de divagação,
trocava a paz pela calmaria,
podia ser Elisa, Helena, Maria.
Gostava de bocejar cantando,
ficava irritada, possuída,
quando perdia espirros sob o sol...
Certa vez, trocou o Mar Morto
Pelos crepúsculos de Irlanda...
Tinha vontade de ir Landa
e de voltar... Sayonara,
acenando lenços verdes,
abrindo leques afiados...
Tem gente que já nasce flor...
(Dá pra torrar amendoim
com todo este calor...)
Eu? Ah! Quem me dera
ter um ramo de estrelas, entretê-las...
Um feixe delicado com doze raios de luar,
ia pegar a brisa pela calma
e com ela te abanar,
ficar, assim, a contemplar,
como um crepúsculo de Irlanda,
o teu sorriso... se formar...

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