sábado, 1 de maio de 2010


A vida sempre fora assim de uma certa estranheza, talvez não tenha vindo ao mundo por muito tempo, uma breve passagem, um andar sem pegadas, um gemido de alma.
Suas palavras são como suspiros, disse ele, e foi embora.
E o vento continuou a balançar seus cabelos e a vida continuou estranha como sempre.
Passos lentos nos dias que passam em desalinho e o vestido cola no corpo fazendo uma carícia, fingindo ser o que não é.
Risos em rostos estranhos, brilhos em olhos que desconhece e pétalas de flores já secas guardadas no fundo do peito.
Frases tortas, desconexas, alheias a tudo o que passa ao redor de seu mundo sem cores e um pássaro que canta ao longe uma canção derradeira.

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pétalas