sábado, 19 de junho de 2010

Incertezas

Minhas certezas são nada e quando estou assim, pensando no amanhã (e sei que não devo) tudo de esvai na bruma densa da tarde.
Os barcos vão e voltam e eu fico sempre aqui a ver navios.
Quando a tormenta me abate o céu negro invade meu ser e me traz incertezas absurdas que me arrancam medos.
Ao longe no horizonte eu vejo uma cor que reluz e alcança o mar e fico extasiada com seu brilho, mas novamente a vã certeza se desfaz e os passos recuam sem ao menos saber o por quê.
Sei das lutas que devo travar, sei do caos, dos espinhos, das flores.
As flores. Que dizer das flores quando desabrocham?
Ontem feri minhas mãos com os espinhos de uma linda flor e me perdi em tanto perfume.
Hoje junto restos de pétalas e de mim.
Amanhã talvez plantarei sementes, mas nada que não possa colher ou guardar.
Guardarei alguns sonhos (nunca consigo me desfazer de todos) e quando o dia nascer radiante dentro de mim, tirarei o pó da alma e espalharei os sonhos diante de meus pés.
Talvez a certeza volte e me reflita no espelho com as cores que ontem se apagaram e me deixaram náufraga.
Talvez eu escancare um sorriso sem me importar se outros são felizes ou não.
Mas por ora o dia caminha lento e sem previsões e tudo se resume em um polido e singelo talvez.

4 comentários:

  1. Pra mim, um infeliz talvez.. rs

    Beijos, Lou.

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  2. Amoreeeee...cá estou eu...pra dizer que está lindo seu Blog e que te amo!!!! Beijos, Má

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  3. Um talvez que poderá se transformar em algo positivo, verdadeiro.

    Beijos e ótimo final de semana pra ti.

    Furtado.

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  4. Talvez haja tempo, de se construir a felicidade tão procurada. Quem sabe?
    Bjs

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pétalas