quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Nada aconteceu depois daquelas tardes quando os olhos cintilavam o brilho por trás da persiana e o gato arranhava o braço do sofá deixando escapar um ronronar solícito e manhoso.

Nenhum dia foi diferente e nem houve promessa de que seria no decorrer dos próximos anos e próximas vidas talvez.

O acúmulo dos dias seria desimportante e não haveria promessas a serem cumpridas nem partilhar de sonhos dourados em luas crescentes.

Nada de derrubar muralhas, construir castelos e sonhar com beijos de princesa.

O coração pulsaria manso no peito e a rosa ficaria guardada no eterno livro do tempo até que suas pétalas perdessem completamente a cor.

O nevoeiro que cobria as manhãs de inverno entraria pela janela e seria necessário aquecer o corpo e a alma com chá de maçã e canela porque nas mãos não teria outras.

O gato dormiria na manta do sofá da sala e por vezes roçaria em suas pernas pedindo carinho, o pegaria no colo e escutaria seu ronronar como um motorzinho que fica ligado tremulando.

Em dias de sol olharia pela janela para admirar a delicadeza das borboletas que independente e alheias à sua estranha história não se importavam em ser felizes e coloridas.

E seria assim, para todo o sempre.

Lou Witt

3 comentários:

  1. Bom sereia que o Sol brilhasse para sempre, as os dias nublados acontecem, e assim a vida vai correndo.
    Bjux

    ResponderExcluir
  2. E que para todo o sempre essa paisagem de paz se fortaleça,,,seja sempre presente, que essas borboltas estejam sempre a enfeitar as janelas de alegria e amor...beijos minha linda de bom final de semana pra ti.

    ResponderExcluir
  3. quem dera, Lou vc me fez sonhar lendo esse texto*

    Beijos moça!

    ResponderExcluir

pétalas