sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


Foi numa noite dessas comuns quando nada se espera que ela o encontrou. 
Trazia nas mãos o perfume das flores e um poema que falava de amor.
Talvez a lua fosse crescente, ou nova, até podia ser cheia, mas isso nem importa, de qualquer forma houve um brilho no céu.
Ela sentiu que algo aconteceria daquele momento em diante. Não era sexto sentido ou premonição, nada disso, era uma esperança nova que lhe soprava no ouvido dizendo que por detrás da cortina havia um sol cor de ouro e pássaros que davam boas vindas.
Talvez até fosse primavera.
Talvez voltasse a ver o arco-íris após a chuva.
Quantas noites sem estrelas haviam passado?
Quantos dias de uma infinda dor sem sentido?
Quantas batidas de um coração solitário?
A vida era um arrastar de horas sem muito o que esperar.
E foi então que ele chegou.  Parecia que já o conhecia, uma espécie de déjà vu, de vidas passadas, de algo que nem mesmo compreendia.
Um novo desejo no peito foi nascendo como semente que rasga a terra, como flor que desabrocha em manhãs de sol.
Um gosto doce na boca, manga, sumo escorrendo, lichia, abacaxi.
Começou a pensar novamente no sal que tempera a vida, no suspiro infindo pra depois do amor... em margaridas...

Lou Witt

2 comentários:

  1. Olá,passando para deixar minha admiração pela linda casa que nos aconchega,abertura bem expressiva,senti o perfume daqui...Sucesso.Bjus\Flor**Jardim do Amor****Amiga se fantasie de alegria,recheie o coração de Felicidades e na garrafinha de água,borrife o bálsamo da essência do Amor..e saia por ai no bloco da Energia,cantando nossa poesia..

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  2. Lindo este espaço! Parabéns pela poesia. Boas inspirações! ;)

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pétalas