Bem em frente à janela havia um jasmineiro e quando o final do inverno se aproximava já podia ver os botões das flores que viriam.
Convivia com aquele jasmineiro há muitos anos e pensava que ele assim como ela não gostava de inverno a julgar pelas flores que nasciam no final de cada estação gelada.
Flores brancas e perfumadas das quais sentia o aroma que adentrava pela janela e inundava seus pulmões.
Quando a árvore encontrava-se bem cheia de flores roubava alguns botões e guardava em algum lugar onde pudesse sentir o cheiro bem mais próximo.
Durante os dias tristes de inverno quando uma flor ou outra brotava era como se um fio de esperança nascesse, mas a flor morria muito rápido e não havia outra em seu lugar e isso era motivo pra que seu coração sentisse aquele aperto tão costumeiro dos dias de frio.
E quando acabava a primavera o jasmineiro se recolhia e ficava ali quietinho com suas folhas verdes esperando a nova era de flores chegar.
E ela passava por ele e respeitava seu silêncio de flores porque com a chegada do sol de verão era a sua vez de recomeçar a viver.
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