quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A macieira e a infância
Em meados do outono quando o inverno prometia chegar, a macieira cobria-se de flores rosadas, quase brancas, e perfumava o ar que enchia os pulmões de quem passasse por perto com um doce aroma de flores recém nascidas.
Quando os frutos começavam a aparecer, minúsculos e verdinhos, quase parecidos com uma ervilha, as pétalas desfolhadas caiam ao chão desmerecidas, tecendo um bucólico tapete no qual nossos pés de crianças descalças pisavam como se ali fosse o paraíso.
Naquele tempo, as horas eram contadas pelo andar do sol e sempre que ele se punha no horizonte um certo descontentamento se apossava de nossos pensamentos por saber que o dia estava se tornando noite e teríamos que dormir.
Crianças sempre relutam em tornar um dia findo e queríamos todos os dias infindáveis e espetacularmente perfumados pelo aroma da macieira.
Não que as noites não fossem boas, elas eram também.
Brincávamos de contar estrelas na imensidão do espaço iluminado pela lua e quando não se podia deitar ao solo espiava-se pela fresta da janela para escolher a estrela mais brilhante.
A cada amanhecer o pomar ganhava um novo cenário e as árvores dividiam o espaço com flores multicoloridas e lindos frutos.
Era bom viver assim, em meio ao doce das frutas e ao aroma das flores.
Era divinal não se importar com o desenrolar do tempo que também não se importava com nosso querer e passava sem que tomássemos consciência de sua trajetória.
E ele foi passando.
E a macieira ficava lá sempre a espera de novos frutos e nós, crianças que éramos, corríamos sem limites sem perceber que o tempo impiedoso, aos poucos limitava nosso encantamento.

Lou Witt

4 comentários:

  1. Lou querida!
    Boa noite!!!
    Tudo bem?
    Vim retribuir o seu carinho e a sua atenção!
    Trouxe um presente direto do meu coração para o seu:

    AMIGO VIRTUAL


    Meu amigo virtual é diferente...

    Ele não olha nos meus olhos,

    Ele vê meu coração...



    Meu amigo virtual é diferente...

    Ele não percebe as minhas lágrimas

    Percebe o momento de me confortar



    Meu amigo virtual é diferente...

    Ele não sorri, ele me faz sorrir...



    Meu amigo virtual...

    Você não sabe...

    Mas te procuro todas as noites .



    Você não sabe...

    Mas fico feliz quando você vem...

    Olho para você, na expectativa de um sorriso...



    Te espero assim como o sol, espera pelo amanhecer...

    Te espero assim como a lua, espera pela noite,

    Certa que virá!



    Não me importa se vens através de telas...

    O que importa, é que venhas..

    Não sei porque te escolhi como amigo...



    Suas letrinhas são iguais a de todos os outros,

    Apenas suas palavras são firmes...



    Você consegue me fazer acreditar.

    Talvez você não saiba, mas quando me falas...

    Quando brinca comigo...

    Quando me escutas...

    Quando me amas...



    Exerce a nobre tarefa de um amigo REAL.

    Assim... Cativa-me...



    Escuto seu sorriso, através do sons do teclado.

    Ouço teu coração através do meu coração,

    Sinto tua alegria através da minha alegria...



    Nunca deixe de vir...

    Só conhece a importância dos verdadeiros amigos,

    Quando começamos a perceber sua ausência,

    Quando chamamos por todos,

    E somente ele vem...
    _____________________
    Ágata Vanessa Matos

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  2. Adorei o texto...
    tão primaveril

    beijos querida
    Lindo como sempre aqui

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  3. Com o tempo vamos perdendo o brilho dos olhos, e não vemos com as mesmas cores, a simples presença de uma macieira.
    Bjux

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  4. Coisa boa ser criança... Por isso sou uma eterna criança...

    Bjuxxx querida...

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pétalas