quinta-feira, 11 de março de 2010


Quando a vida nos suspende no ar feito plumas que bailam, temos a impressão de que perdemos o controle e que basta um sopro mais forte pra que tudo se evapore.
Quando a garganta quase fecha por completo como se não fosse mais preciso respirar, sentimos um fim iminente e um gosto amargo do que restou.
O fel de alguma coisa que nem sabemos o que foi.
O escuro nos cerca e o escarlate do sangue quer jorrar até a ultima gota.
Embriaguez da alma que apenas por um fio ainda não nos abandonou, mas que talvez sem o menor esforço alce seu voo fugaz.
Ah, quanto dói parir tantas dores!
Quantos amores é preciso jogar fora antes que não haja mais hora pra chorar de amores!
Sofro, mas bem sei que assim é a vida: com uma mão me distribui dores, porém com a outra, compensadora me enche de carícias.

3 comentários:

  1. Sem comentários na perfeição das suas palavras, apenas deixo:

    "Quantos amores é preciso jogar fora antes que não haja mais hora pra chorar de amores!
    Sofro, mas bem sei que assim é a vida: com uma mão me distribui dores, porém com a outra, compensadora me enche de carícias."

    Bjuxxxx

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  2. "Quantos amores é preciso jogar fora antes que não haja mais hora pra chorar de amores!
    Sofro, mas bem sei que assim é a vida: com uma mão me distribui dores, porém com a outra, compensadora me enche de carícias." 2

    Assim como Carlos adorei este trecho!!!
    Mas,sempre,teremos tempo para o AMOR!!
    BEIJOS E BONS AMORES!

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  3. Lindo lindo maravilhoso amo seus poemas,Parabéns meu beijo!

    Cristiane

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pétalas