quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010


Ele se foi.
Ela deixou que fosse, não esboçou nem uma palavra, não fez o menor gesto. Ficou olhando ele se afastar com passos lentos e indecisos, sempre indecisos e inseguros.
Ela ficou.
Um vazio momentaneo, um desejo secreto e doído dizendo que assim queria que fosse.
Precisava de sua ausência tanto quanto precisou de seu todo em tempos passados quando o amor governava seus sentidos e a saudade queimava no peito e corpo quando ele não vinha.
De quantos dias foi feito aquele amor?
De quantas noites de compartilhar estrelas e sussurrar luares?
Ele se foi e ela nem se importou.
Não sentia mais dores, mas as marcas que ele deixara estavam gravadas por debaixo do sorriso.

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